COLÉGIO ESTADUAL CARMEM ANDRADE LIMA
PROJETO INTERDISCIPLINAR – Musical -A Música Canta e Conta a
História do Brasil: Da Colônia à Pós- modernidade.
CURSO: Ensino Médio SÉRIE:
3ª
DISCIPLINAS:
História, Português, Redação e Arte.
COORDENAÇÃO:
Neves Castro – professora de História
DURAÇÃO:
Uma unidade (III) ANO LETIVO: 2012.
1. JUSTIFICATIVA
A
História através da música em geral se concentra em temas mais abrangentes. Um
exemplo foi a aula-show “República – Era de Heróis”, apresentada no dia 15 de
novembro de 2008, no Museu da República. No evento, o público discutia como os
heróis foram construídos ao longo da história da República, seja pelas elites
ou pela própria população. Fossem eles militares, como Tiradentes e o duque de
Caxias, políticos como Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek ou Lula e
populares, como João Cândido e Antônio Conselheiro, parlamentares como o índio
Juruna, José Dirceu, além dos heróis anônimos e esquecidos. Debates paralelos
questionavam como cada Constituição republicana legitimou os governos
instaurados e como a Constituição de 1988 marcou o fim da ditadura e permitiu
que os cidadãos voltassem a ter mais participação na política, com liberdade
para construir novos herói
A
relevância do projeto A música conta e canta a nossa história, consiste na
metodologia aplicada, ou seja: a articulação da história com a música, com a
teatralização de textos históricos, literários e dramatúrgicos, trabalhada de
forma interativa e lúdica, estimulando e facilitando o público na construção do
conhecimento sobre o Brasil, nos seus mais variados aspectos.
A proposta que aqui apresentamos
pode ser traduzida em uma ação educativa – cultural relacionada à História
Nacional, dirigida ao público jovem e adulto, e que tem na execução da
aula-espetáculo musical sua principal ferramenta pedagógica. A música
representa um relevante patrimônio brasileiro, e através dos ritmos e suas
letras trazem um pouco do cotidiano dos brasileiros evidenciando também a forma
com que interpretamos nossa realidade política, social e econômica.
A música está presente nas salas de aula muito mais do que pensamos.
Muitos docentes não conseguem perceber que ao adentrarem as salas os
aprendentes muitas vezes não percebem as suas presenças, pois estão com os aparelhos
digitais sonoros no ouvido ou não, se deliciando com as letras e ou músicas que
estão ouvindo. É preciso que nós paremos para observar, sentir que eles estão
ouvindo e falando com esses gêneros muitos substantivos, adjetivos,
complementos nominais e adjuntos adnominais, a biografia, relatos da vida e
obra dos autores, as origens das letras, contam a sua história, determina onde
e quando e porque a música ganhou popularidade ou não, e nós insistimos em não
perceber. No ensino de Língua Portuguesa e Literatura, na História ou em
qualquer outra disciplina é possível utilizar a música relacionando-a a
conteúdos variados, gerando uma gama de possibilidades de nos tornarmos
(docentes e aprendentes) autores de um currículo escolar coerente.
O que o nosso aprendente está ouvindo no seu ipod, enquanto estamos
explicando conteúdo? É mais fácil exigir que este retire os fones ou desliguem
os aparelhos do que refletir o porquê, do quê, o que ele está ouvindo e
despertar mais a sua atenção? Segundo
Duarte Júnior (2007, p. 32-33) em análise às teorias de Gendlin, famoso teórico
da psicologia da aprendizagem, uma das mais fundamentais é que ninguém
adquire novos conceitos se estes não se referirem às suas experiências de vida
(...) a experiência básica que temos do mundo é emocional, ou seja, é sentida,
antes de ser compreendida.
As aulas podem tornar-se mais interessantes quando levamos a música
completa para dentro da escola e da sala de aula e não nos conformamos em
analisar apenas a letra, o que fazemos habitualmente. As músicas de Chico
Buarque e Caetano Veloso são ricas em figuras, e por isso as encontramos tão
facilmente sendo analisadas nos livros didáticos. Mas também é preciso procurar
músicas mais atuais e próximas da realidade de nossos alunos para analisar,
defender, contestar. Enfim, não adianta só criticar sem abrir as portas da
escola para as letras musicais que apresentam duplos sentidos indo de encontro
ao que a sociedade define como valores norteadores de respeito, justiça, ética,
moralidade. A omissão pode redundar em danos bem mais graves do que uma tomada
de posição democrática e que e geradora de debates ideológicos altamente
consistentes
É cada
vez mais visível a presença da música como linguagem artística no cotidiano dos
nossos aprendentes, e geralmente ficam de fora das atividades escolares, ou são
relegadas a planos secundários, usadas esporadicamente em eventos festivos da
comunidade escolar, em datas comemorativas...
Enquanto isso, frequentemente os docentes precisam competir com os ipod’s
ou qualquer tipo de aparelho eletrônico sonoro do qual o jovem não desgruda na
sala de aula. Ou ainda, os corredores da escola presenciam as coreografias do
momento, os gestuais corporais como sinônimo de alegria, de comemoração, ou
apenas de “juventude”.
A escola, resistindo ou negligenciando a gama de possibilidades que a
linguagem artística, seja através do teatro, da dança, da música ou dos
aspectos visuais provocam nos aprendentes, deixa de fora também o “seu” mundo,
as suas vivências, os seus interesses, o que lhe desperta os sentidos. E mais
ainda, o que está “desviando” os seus valores seja eles afetivos, emocionais,
de autoestima, e/o de conduta. O diálogo possível entre as artes e as diversas
disciplinas talvez encontre resistência no segmento da comunidade escolar, que
insistem em não ouvir o apelo, a perceber os sinais que a todo tempo os
coadjuvantes do processo de ensino aprendizagem – os aprendentes demonstram em
diversas ações, consideradas transgressoras ou não.
É com vistas nessa pluralidade cultural, que pensamos em transformar as
aulas em momentos prazerosos de aprendizagens, dando movimento, cor e alegria
aos conteúdos, transformando-os em saberes construídos coletivamente, numa
relação de intimidade, que redunde na construção de aprendizagens
significativas e oportunizadoras de transformação da realidade social dos
protagonistas desse processo – os
aprendentes.
2.
COMPETÊNCIAS
ü Compreender,
reconhecer e valorizar a linguagem artística como elemento indispensável para a
formação cultural, intelectual e social do aprendente, utilizando-se do
ferramental que as TIC oferecem (internet, DVD, Ipod, Tv pen drive,
computadores, tablets) como suporte de pesquisa e na coleta de informações que
usadas pedagogicamente transformem-se em conhecimentos ressignicados a serviço
da comunidade escolar e da sociedade em geral.
ü Estimular os aprendentes através da música, a desenvolverem a
reflexão acerca do processo democrático e o exercício da cidadania, através de
atuações individuais e coletivas para o estabelecimento
dos valores éticos que constroem uma nação verdadeiramente plural, democrática
e humanizada.
3.
HABILIDADES
ü Reconhecer a importância de dominar as ferramentas virtuais como forma
de inserção social.
ü Desenvolver a interdisciplinaridade na construção do blog.
ü Conhecer a cultura musical e rítmica que conta a história do povo
brasileiro.
ü Interagir com a
juventude através das linguagens artísticas e chegar mais perto de seu
universo, com o uso da tecnologia a que está habituado, promovendo valores
essenciais para a motivação do viver.
ü
Conhecer,
apreciar e adotar atitudes de respeito diante da variedade de manifestação
musical.
ü Fomentar o
desenvolvimento da arte na escola, a produção de saberes artísticos, criando
espaço e estímulo para a expressão de talentos na comunidade escolar juvenil.
ü Explorar o potencial
educativo da música, estimulando o desenvolvimento da musicalidade brasileira
no ambiente escolar e valorizando as expressões culturais regionais.
Promover um ambiente educacional prazeroso, no qual a cultura, a arte e a educação se expressem, contribuindo para transformar a escola em um ambiente vivo e significante para os jovens.
Promover um ambiente educacional prazeroso, no qual a cultura, a arte e a educação se expressem, contribuindo para transformar a escola em um ambiente vivo e significante para os jovens.
ü Analisar a historicidade da música a partir da relação do compositor e
do momento em que a música foi criada com o tema abordado,
ü
Pesquisar
recursos tecnológicos disponíveis na escola e na comunidade para a construção e
apresentação da atividade proposta.
Reconhecer a
importância de dominar as ferramentas virtuais como forma de inserção social.
ü
Valorizar
o convívio pacífico e criativo dos diferentes componentes da diversidade
cultural artística, validando a convivência pacífica entre os diferentes e
respeitando as diferenças.
ü
Construir,
expressar-se e comunicar-se através das artes e imagens plásticas visuais, articulando
percepção, imaginação, memória, sensibilidade e reflexão.
ü
Desenvolver
relação de autoconfiança com a própria produção, de modo a valorizar as
diversas escolhas de interpretação e de criação.
ü
Situar
e compreender as relações entre corpo, dança e sociedade.
ü
Conhecer
e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro,
posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais
de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características
individuais e sociais.
ü
Analisar
as influências históricas do mercado de trabalho na mobilidade dos diferentes
grupos humanos que formam o Brasil.
ü
Conhecer
e valorizar as formas de produção cultural mediadas pela tradição oral.
ü
Assumir
uma consciência crítica e tomar decisões responsáveis.
ü
Valorizar
a produção artística como expressão de identidade etnocultural.
ü
Posicionar-se
de maneira crítica em relação ao consumismo às mensagens sem referências
fidedignas.
ü
Reconhecer
nas letras e ou gêneros musicais a existência e a ocorrência de discriminação e
injustiças em situações de trabalho e consumo adotando uma postura de repúdio
contra todo o tipo de discriminação de classe, origem, gênero, etnia e idade.
ü
Permitir
a democratização do acesso ao universo artístico erudito e popular, oferecendo,
para isso, o instrumental mínimo necessário quanto à terminologia, informação
histórica e noções de técnica.
ü
Estimular
a expressão artística do aluno por meio de materiais, formas e movimentos.
4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
As equipes serão formadas
por seis turmas do 3º ano e uma formada pelos concluintes do Tempo formativo
(ensino médio), turnos vespertino e noturno do ensino médio. Cada equipe, com a
mediação dos professores elegerão líderes e vices líderes, que assumirão a
coordenação geral das atividades.
A
proposta contempla uma íntima relação das competências e habilidades que a
interdisciplinaridade e transversalidade, alimentam-se e se atravessem
mutuamente abrindo espaço para a inclusão de saberes extraescolares,
possibilitando a referência a sistemas de significados construídos na realidade
dos aprendentes, tirando da escola o lugar de reprodução de relações de
trabalho alienadas e alienantes, construindo o seu verdadeiro papel, que é de
gerar possibilidades de construção de relações autônomas, de criação e
recriação do seu próprio trabalho, de reconhecimento de si, Enfim, que
possibilite redefinir sua relação com a cultura, com a história do seu país,
numa proposta lúdico-cognitiva, onde a arte será o elemento vertebrador e
consolidador das competências a serem garantidas.
O
primeiro passo foi sensibilizar os aprendentes com seleção de músicas
relacionadas ao tema a ser trabalhado. Com o repertório escolhido, o próximo
passo: mostrar um breve histórico dos compositores e os períodos em que as
canções foram compostas. A partir dessa apresentação, o propósito muito
importante é deixar que os estudantes buscassem as suas próprias interpretações
para as obras. Para finalizar, eles serão incentivados a pesquisar mais sobre
determinados compositores e suas respectivas obras e socializar a pesquisa na
sala de aula.
Nesta atividade, o estabelecimento de relações de ruptura e permanências, semelhanças e diferenças é um exercício contínuo a exemplo da comparação entre os sambas-enredo da Portela de 1957 e o da São Clemente de 2008, que falam sobre o mesmo assunto: A Chegada da Corte Portuguesa ao Brasil. Portanto, defende-se nessa proposta didático-pedagógica a ideia de que a música não pode ficar restrita a um papel meramente ilustrativo. É preciso discutir a letra e até o ritmo da canção, pois esses aspectos podem propiciar a busca em outras fontes como livros e artigos previamente indicados ou não. Analisar a diferença entre os temas tratados nas letras nos ritmos musicais, ao longo do tempo e verificar como um mesmo evento é abordado em diferentes momentos podem render bons exercícios lúdico-cognitivos.
O
formato da apresentação deve aliar a música e a História a outras linguagens,
como o teatro e a literatura. Além disso, o uso de imagens, como fotografias de
época, charges e pinturas históricas para enriquecer as apresentações. O
espetáculo deverá ser temático, com apresentações performáticas e será
apresentado na quadra esportiva da unidade de ensino, no turno noturno: (três
equipes no 1º dia e quatro no 2º dia)
iniciando-se às 19 h e terminando às 22 h e 30 min.
4.1 - ETAPAS
Ø Apresentação da proposta para todas as
turmas/equipes.
Proposta:




ü Equipe A. Colônia - 1550 a 1822.
ü Equipe B. Império -1824 a 1889.
ü Equipe C. República Velha - 1889 a 1930.
ü Equipe D. República Era Vargas (1º mandato) 1930
a 1945.
ü Equipe E. República Populista – De Dutra a Jango
-1946 a 1964
ü Equipe D. República Militarista – 1964 a 1985.
Equipe E. República Nova - 1986 2012.
4. 2 - MONTAGEM DO MUSICAL
Ø As equipes deverão usar as
ferramentas das TIC para o/a:
1.
Desenvolvimento
de pesquisas, listando um maior número possível de representantes compositores,
com letra, música, intérpretes que se preocuparam em retratar o cotidiano da
época em que viveram ou fatos históricos;
2.
Desenvolvimento
de entrevistas on-line com questionário enviado por e-mail com arquivo em
anexo;
3.
Promoção
de entrevistas com filmagens e/ou fotografias;
4.
Produção
de slides usando o Power Point;
5.
Produção
de vídeo usando o Movie Maker;
6.
Gravação
de músicas através da Internet, baixando músicas de discos raros, especialmente
as equipes que apresentarão os períodos mais remotos da nossa história;
7.
Pesquisa de espetáculos musicais apresentados
no Brasil, a exemplo do programa da Rede Globo de Televisão, como o Som Brasil;
8.
Divulgação
do convite do evento no blog da escola, construído por eles, com imagem e
cores, em forma de folder, com toda a programação, usando os recursos do
computador, para a comunidade escolar assistir ao espetáculo;
9.
Envio
dos informes para os colegas da equipe, datas e locais e horários de reuniões
extraclasses, novas decisões, solicitações e ou orientações, via e mail e o que
ocorrer;
10. Desenvolver
entrevistas on-line com questionário enviado por e-mail com arquivo em anexo.
Ø
As equipes
deverão formar comissões que serão setorizadas:
1.
Comissão
de pesquisa: letras, autores, intérpretes...
2.
Comissão
de roteiro e direção.
3.
Comissão
de cenário.
4.
Comissão
de figurino.
5.
Comissão
de iluminação e som.
6.
Comissão
de finanças.
O formato da apresentação deve aliar a
música e a História a outras linguagens, como o teatro e a literatura. Além
disso, o uso de imagens, como fotografias de época, charges e pinturas
históricas para enriquecer a apresentação. O espetáculo deverá ser temático,
com apresentações performáticas e as apresentações acontecerão na quadra
esportiva da unidade de ensino, no turno noturno: (três equipes no 1º dia e
quatro no 2º dia) iniciando-se às 19 h e terminando às 22 h e 30 min.
5.
RECURSOS
ü
Livros
didáticos e paradidáticos;
ü
Jornais
e revistas de circulação local, regional e nacional;
ü
Enciclopédias;
ü
Televisão
e DVD, aparelho de som;
ü Computador (internet) tablet, Home page;
ü
Papel
flip chart (metro/madeira);
ü
Malha
de cores diversas;
ü
Fita
adesiva;
ü
Cola;
ü
Tinta
acrílica;
ü
Papel
(cartão, seda, ofício, laminado...);
ü
Pincel,
tela e grafite;
ü
Toldos
(locar ou alugar);
ü
Projetor
de slide (data show) e Retroprojetor;
ü
Telão;
ü
Salas
de aula (espaço);
ü
Mesas
e cadeiras;
ü
Faixa
para divulgação do evento;
ü
Materiais
específicos dos sub temas;
ü
Faixa
para divulgação do evento;
ü
Fichas
para avaliação das equipes;
ü
Fichas
de acompanhamento para avaliação (relatório) das reuniões;
ü
Quadra
esportiva;
ü
Palco
(tablado);
ü
Som
de maior potência e oito microfones
(alugar ou locar);
ü
Outros.
6. EMPREENDIMENTO FINAL (CULMINÂNCIA)
As apresentações obedecerão ao formato
de um MUSICAL, que deverá aliar a música e a História a outras linguagens, como
o teatro e a literatura. Além disso, poderão fazer o uso de imagens, como
fotografias de época, charges e pinturas históricas para enriquecer a
apresentação. O espetáculo deverá ser temático, com apresentações performáticas
e as apresentações acontecerão na quadra esportiva da unidade de ensino, no
turno noturno: (três equipes no 1º dia e quatro no 2º dia) iniciando-se às 19 h
e terminando às 22 h e 30 min.
7. AVALIAÇÃO
No processo de avaliação serão
contemplados o conhecimento prévio, as hipóteses e os domínios dos e das aprendentes,
relacionando-os com as mudanças que ocorrerem no processo, como as noções,
conceitos, procedimentos e atitudes, comparando o antes, o durante e o depois,
com caráter diagnóstico.
Concretamente, a avaliação será feita
mediante fichas específicas, conforme critérios pré estabelecidos nas tarefas,
relatórios escritos em todas as reuniões, fornecidos pela coordenação do
evento, aos líderes das equipes que registrarão a atuação e ou desempenho de
cada componente nas reuniões que ocorrerão em todo o período de execução
do projeto.
A nota se constituirá na primeira etapa
da primeira testagem da III unidade, com uma pontuação que variará de zero a
cinco, de acordo com o relatório e cumprimento do critérios discutidos e
acordados entre mediadores e aprendentes regulamento e tarefas. Portanto, o
valor final da atividade será definido por cada grupo: docente/aprendentes, a
depender dos propósitos de cada disciplina envolvida no projeto.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As diversas pesquisas na área
provam que centenas de compositores se preocuparam em retratar o cotidiano da
época em que viveram ou fatos históricos. Dessa forma, a música se transforma
em uma ferramenta de aprendizado muito poderosa e um grande auxílio para os docentes.
Por isso, esperamos que os resultados do projeto não demorem a aparecer. O que
os aprendentes, ainda consideram “músicas de gente velha” passem a fazer parte
da trilha sonora de seu cotidiano. Muitos trocarão ideias com os pais sobre a
época das composições, os estilos musicais e alguns autores quase esquecidos
pela memória musical brasileira. Alguns aprendentes durante o projeto ouviram
algumas músicas de Chiquinha Gonzaga e desejaram conhecer passaram a conhecer
boa parte da sua discografia. Este interesse se estendeu para a Internet, onde
vários desses adolescentes começaram a baixar músicas de discos raros. A
experiência bem-sucedida em sala de aula pouco a pouco foi se ampliando e
começou a atingir um público maior, de modo que a ideia parece ter ganhado mais
adeptos, e acredito que na próxima edição outras áreas se integrarão.
A escola precisa unir forças, buscar estímulos internos para que o
ambiente educativo expresse o apreço pelos saberes plurais, e abra espaço para
os saberes singulares. A Arte é um caminho e pode ser ponte na conquista dessa
mudança de postura metodológica e pedagógica. Há muito tempo que estudiosos
clamam para que se estabeleçam vínculos, contextualizem conhecimentos, e vejam
a boniteza que Paulo Freire denominava de conhecimento de mundo, e alertava que
“de nada adianta o discurso competente se a ação pedagógica é impermeável à
mudanças”.
Diferenciar o ensino, segundo Perrenoud, “é fazer com que cada
aprendiz vivencie, tão frequentemente e quanto possível, situações fecundas de
aprendizagem”. E a escola necessita urgentemente desse estado de fecundidade
permanente, para que se possam gestar pessoas com saberes plural e,
concomitantemente singular (FRANGE, 2007, 36-37).
É com vistas nessa multiculturalidade que pensamos em transformar as
aulas em momentos prazerosos de aprendizagens, dando movimento, cor e alegria
aos conteúdos, transformando-os em saberes construídos coletivamente, numa
relação de intimidade, de modo a redundar na construção de aprendizagens
significativas e oportunizadoras de transformação da realidade social dos protagonistas
desse processo – os aprendentes.
9.
REFERÊNCIAS
AQUINO, Rubim Santos Leão de;
DIAS, Luís Sérgio. O samba-enredo visita
a História do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna. 2009.
BITTENCOURT, Circe. Ensino da História: fundamentos e métodos.
São Paulo: Cortez, 2004.
CARDOSO, Fernando Henrique. "Notas sobre o estado atual dos
estudos sobre dependência". Cadernos CEBRAP (11):23-47 São Paulo,
1975, p. 29.
LOPES, José Junior. A introdução da informática no ambiente
escolar. In: Clube do professor. 23 de fevereiro de 2004. Disponível em
http://clubedoprofessor.com.br/artigos/artigojunior.pdf.
MÁXIMO, João; DIDIER, Carlos. Noel Rosa – uma biografia. Brasília: Editora UNB, 1990.
MÁXIMO, João; DIDIER, Carlos. Noel Rosa – uma biografia. Brasília: Editora UNB, 1990.
MERÇON, Paulo Gustavo de Amarante, Relação de trabalho : contramão dos
serviços de consumo, LTR: revista legislação do trabalho, v.70, nº 05, p.
590 598, mai. de 2006
NAPOLITANO, Marcos. História e Música: história cultural da música popular. Belo Horizonte: Editora Autêntica. 2002.
ORTIZ, Renato. Mundialização e Cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.
NAPOLITANO, Marcos. História e Música: história cultural da música popular. Belo Horizonte: Editora Autêntica. 2002.
ORTIZ, Renato. Mundialização e Cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994.
Museu da Imagem e Som, do Rio de Janeiro, e o do Instituto Moreira Salles.
www.historiaatravesdamusica.wordpress.com
www.institutocravoalbin.com.br
www.samba-choro.com.br
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