27 de set. de 2012

A Cor da Esperança


Leiam e aproveitem:

A Cor da Esperança
                                      Cartola


Amanhã,

A tristeza vai transformar-se em alegria,

E o sol vai brilhar no céu de um novo dia,

Vamos sair pelas ruas, pelas ruas da cidade,

Peito aberto,

Cara ao sol da felicidade.

E no canto de amor assim,

Sempre vão surgir em mim, novas fantasias,

Sinto vibrando no ar,

E sei que não é vã, a cor da esperança,

A esperança do amanhã.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

WEBQUEST: Aprendizagem Colaborativa


WEBQUEST: Aprendizagem Colaborativa

Webquest é uma atividade de aprendizagem que aproveita a imensa riqueza de informações que, dia a dia, cresce na Web.

O conceito de webquest foi criado em 1995, por Bernie Dodge, professor da universidade estadual da Califórnia, EUA, como proposta metodológica para usar a Internet de forma criativa.

Dodge a define assim:"Webquest é uma atividade investigativa, em que alguma ou toda a informação com que os alunos interagem provém da Internet."

 

Descrição geral


Em geral, uma webquest é elaborada pelo professor, para ser solucionada pelos alunos, reunidos em grupos.

A webquest sempre parte de um tema (o Egito Antigo, por exemplo) e propõe uma Tarefa, que envolve consultar fontes de informação especialmente selecionadas pelo professor.Essas fontes (também chamadas de recursos) podem ser livros, vídeos, e mesmo pessoas a entrevistar, mas normalmente são sites ou páginas na Web.

É comum que a Tarefa exija dos alunos a representação de papéis (faraó, arquiteto, escravo), para promover o contraste de pontos de vista ou a união de esforços em torno de um objetivo.

 


Tipos


Bernie Dodge divide a webquest em dois tipos, ligados à duração do projeto e à dimensão de aprendizagem envolvida:

Webquest curta - leva de uma a três aulas para ser explorada pelos alunos e tem como objetivo a aquisição e integração de conhecimentos.

Webquest longa - leva de uma semana a um mês para ser explorada pelos alunos, em sala de aula, e tem como objetivo a extensão e o refinamento de conhecimentos.

 


Seções da WQ


Como regra geral, uma webquest é constituída de sete seções:

  1. Introdução
  2. Tarefa
  3. Processo
  4. Fontes de informação
  5. Avaliação
  6. Conclusão
  7. Créditos     

Introdução


A Introdução é um texto curto, que apresenta o tema e antecipa para os alunos que atividades eles terão de realizar.

Se a WQ tem um cenário ou pede representação de papéis ("Você é um detetive tentando descobrir um poeta misterioso"), isso deve ser mencionado na Introdução.

 


Tarefa


A Tarefa descreve que “produto” se espera dos alunos ao final da webquest e que ferramentas devem ser utilizadas para elaborá-lo (um determinado software, por exemplo).

Exemplos de Tarefas:

  • Resolver um problema;
  • Solucionar um mistério;
  • Formular e defender uma opinião;
  • Analisar uma problemática;
  • Colocar em palavras uma descoberta pessoal;
  • Elaborar um resumo;
  • Inventar uma mensagem persuasiva;
  • Redigir um relato jornalístico, ou
  • qualquer coisa que exija dos aprendizes processar e transformar as informações coletadas.

Processo


O Processo deve apresentar os passos que os alunos terão de percorrer para desenvolver a Tarefa. Quanto mais detalhado for o processo, melhor.

Exemplo:

  1. Primeiro, formem grupos de três alunos.
  2. Em seguida, decidam o papel que cada um vai representar.
  3. ...e assim por diante.

Na seção Processo, também cabe sugerir de que forma os alunos deverão organizar as informações que serão reunidas: usando fluxogramas, mapas mentais, checklists etc.

 

Fontes de informação


As fontes de informação (também chamadas de recursos) são os sites e páginas Web que o professor escolhe e que devem ser consultados pelos alunos para realizar a Tarefa.

As fontes de informação costumam ser parte integrante da seção Processo, mas também podem constituir uma seção separada.

 

Avaliação


Na seção Avaliação, o aluno deve ser informado sobre como o seu desempenho será avaliado e em que casos a verificação será individual ou coletiva.

Escreva aqui o objetivo ou desempenho esperado


Conclusão


A Conclusão deve resumir, em poucas frases, os assuntos explorados na webquest e os objetivos supostamente atingidos.

A conclusão é também o espaço para incentivar o aluno a continuar refletindo sobre o assunto, através de questões retóricas e links adicionais.

 


Créditos


A seção de Créditos deve apresentar as fontes de todos os materiais utilizados na webquest: imagens, músicas, textos, livros, sites, páginas Web.

Se as fontes são sites ou páginas Web, colocam-se os links. Quando os materiais são físicos, colocam-se as referências bibliográficas.

Créditos é também o espaço dos agradecimentos a pessoas ou instituições que de algum modo tenham colaborado na elaboração da webquest.


Objetivos educacionais da Web Quest


A metodologia webquest pode ajudar o educador a alcançar objetivos educacionais importantes:

·         Modernizar modos de fazer educação

As WQs fornecem orientações bastante concretas para tornar possível e efetivo o uso da Internet. E isso, na forma e na essência, é uma maneira de praticar uma educação sintonizada com nosso tempo.

·         Garantir acesso a informações autênticas e atualizadas

Conteúdos publicados na Internet, sobretudo os produzidos profissionalmente, refletem saberes e informações recentes. Além disso, são produtos autênticos que fazem parte do dia-a-dia das pessoas.

·         Promover aprendizagem cooperativa

As WQs estão baseadas na convicção de que aprendemos mais e melhor com os outros do que sozinhos. Aprendizagens significativas são resultados de atos de cooperação.

·         Desenvolver habilidades cognitivas

O modo de organizar Tarefa e Processo numa webquest pode oferecer oportunidades concretas para o desenvolvimento de habilidades do conhecer que favorecem o aprender a aprender.

·         Transformar informações ativamente (em vez de apenas reproduzi-las)

Na educação tradicional, parece que a preocupação central é armazenar e reproduzir "matéria". Na perspectiva sugerida por Dodge, o importante é acessar, entender e transformar as informações existentes, tendo em vista uma necessidade, problema ou meta significativa.

·         Incentivar a criatividade

Se bem concebida, a Tarefa planejada para uma webquest engaja os alunos em investigações que favorecem criatividade.

·         Favorecer o trabalho de autoria dos professores

Webquests devem ser produzidas por professores, não por especialistas ou técnicos. A ídéia é oferecer oportunidades concretas para que os professores se vejam como autores de sua obra e atuem como tal.

·         Favorecer o compartilhar de saberes pedagógicos

Concebidas como publicações típicas do espaço Web (abertas, de acesso livre, gratuitas etc.), as webquests são uma forma interessante de cooperação e intercâmbio docente.



Modelo de plano de aula webquest

 
1) Reconhecer a conjuntura política da luta armada;

2) Reconhecer o uso dos filmes como fontes para a construção do conhecimento e análise do momento histórico em que foi produzido (filme como documento);

3) Debater os alcances da repressão no país;

4) Promover a reflexão sobre os diferentes posicionamentos dos sujeitos históricos em uma mesma conjuntura.

Comentário introdutório

O desenvolvimento dessa aula possibilita ao aluno reconhecer o que foi a luta armada no Brasil e como se deu a derrota. A aula deve estar inserida em uma seqüência didática referente à ditadura militar brasileira ou mesmo dentro de um programa que avalie o direcionamento das esquerdas dentro e fora do Brasil.

Estratégias

1) É fundamental que os alunos conheçam o que foi a luta armada no Brasil, as especificidades dela e os objetivos. Apresente de maneira expositiva esses aspectos, de modo que fique evidente que a história não é feita apenas pelos "grandes nomes".

2) Analise detalhadamente alguns dos atos institucionais e mostre aos alunos as justificativas dadas pelos grupos de luta armada.

3) Depois dessa apresentação, deixe que os alunos assistam ao filme "O Que é Isso, Companheiro?", de Bruno Barreto.

4) Depois de assistir ao filme, peça aos alunos que representem a cena que mais tenha atraído a atenção deles. Para isso, solicite que utilizem diferentes tipos de produções artísticas (desenhos, versos, recorte e colagem etc). Peça para alguns deles apresentarem as criações. Conforme o grupo fizer referência às cenas, escolha as que mais auxiliam você a aprofundar suas análises. Crie sua argumentação baseada nas descobertas de seus alunos.

5) Por fim, apresente as idéias dos movimentos de luta armada. Tente não resumir a escolha a apenas um grupo e um posicionamento.

Atividades

1) Peça que os alunos pesquisem sobre os métodos de violência usados durante a ditadura. Montem um pequeno mural na sala. Ele deve ser usado para criar e fixar a definição da turma (obviamente baseada em pesquisas) do que é violência, censura e luta armada, a fim de que o grupo se coloque criticamente sobre o fato histórico em análise.

2) Busque em jornais e revistas dados sobre as indenizações e as pessoas com doenças causadas pela violência.

3) Realize com a turma uma análise mais detalhada do filme como documento, reflita sobre as razões que levaram essa versão a lotar os cinemas no país.

Sugestões e dicas

Aprofunde com seus alunos os alcances da repressão no país. Uma possibilidade é o uso da obra "Um relato para a história: Brasil nunca mais", escrito por estudiosos que retratam as angústias, os abusos e a repressão cometidos pelo regime, usando documentos produzidos pelas próprias autoridades da ditadura militar.

 

 

 

 

PROJETOS PEDAGÓGICOS - SUGESTÕES

 PROJETO: CONHECENDO A CIDADE, DESCOBRINDO O OLHAR. OBJETIVO Proposta interdisciplinar de ensino que almeja possibilitar aos jovens, leituras de mundo e a “compreensão do universo sociocultural e da trajetória histórico-temporal em que está inserido''
PROCEDIMENTOS:  Todos devem estar munidos de uma câmera fotográfica;  Seguir roteiro temático pré-estabelecido ( centro histórico, igrejas, becos ladeiras, mercados..., sob a coordenação de professores de História, Geografia, Arte, Linguagem...  Fotografar tudo que achar interessante, indistintamente;  Obs.: Não houve qualquer orientação técnica para fotografar;
PROPOSTA: Educação patrimonial
O CARÁTER DO PROJETO: é fruto doo resultado de uma necessidade das políticas públicas para o jovem ter amplitude no seu alcance social,
  PROVOCAÇÃO Previamente feita em sala de aula pelos professores aos jovens, que era: “Existe uma cidade escondida pela Feira de Santana que eu conheço e caminho no meu dia-a-dia?” No início, a reação dos alunos foi de surpresa e de incompreensão, perguntando: “Professor, professora como assim, cidade escondida? Existe uma cidade secreta?” E foi como se todas as respostas às indagações e incompreensões se dissipassem devido ao deslumbramento do contato com a cidade e com a memória fixada em ruas, prédios e monumentos do centro histórico. De todos os lugares por onde passávamos.
 
METODOLOGIA: Uma metodologia de ensino foi desbravada com a curiosidade própria do pesquisador que pretende aplicar o que a teoria vem discutindo sobre tantos conceitos relacionados à educação, memória, património, história e imagem, história e visualidade, antropologia visual, entre tantas outras dimensões conceituais, ainda a serem exploradas. A turma foi dividida em grupos e cada grupo tinha uma câmera fotográfica. Foi dada ampla liberdade. Em nenhum momento tiveram alguma instrução de estética fotográfica, ou alguma explanação sobre a arte da fotografia; a única restrição foi solicitar que não fizessem fotos como turistas, ou seja, que eles não aparecessem na foto. No momento da produção fotográfica. Em cada ponto, tinha-se uma aula de História, Geografia, Arte que, de alguma forma, em loco, tornaram-se muito mais interessantes. Eu, como professor de História.
A UTILIZAÇÃO DA LINGUAGEM FOTOGRÁFICA Se constituiu em um recurso pedagógico privilegiado para o desenvolvimento do raciocínio concreto, da observação, reflexão e capacidade estética e criativa dos jovens. A prática da observação e percepção foi realizada através das visitas orientadas a pontos históricos de Salvador e entorno, nos quais os jovens produziram fotos com câmeras amadoras de 35mm, registrando conteúdo, estética, criatividade e documentando o tangível e intangível presentes na sociedade baiana.
O OBJETO DE CONHECIMENTO Foi estendido para além do patrimônio cultural material ou imaterial, dos conteúdos históricos, artísticos, culturais, técnicos, ao integrar diversas dimensões das experiências humanas, sejam cognitivas, sociais, estéticas, afetivas, vinculando-as ao propósito de mobilizar os jovens para conquistar a sociedade na condição de cidadãos com rostos, ideias, desejos, incluídos para protagonizar as cenas que se que se sucedem na vida social e individual daqueles que vislumbram uma sociedade justa, equânime, solidária, tomando o eixo “património” na largueza do seu conceito.
CONSIDERAÇÔES FINAIS Acreditamos que, nesta experiência em particular, pudemos colocar na prática conceitos analisados e discutidos pelos teóricos das áreas da educação, história, antropologia, sociologia, das artes visuais, do património, e ao mesmo tempo proporcionar novas revelações que poderão inspirar e sensibilizar educadores para a implementação de experiências pedagógicas renovadas, críticas, comprometidas com o salto de qualidade que ainda precisamos perseguir na educação brasileira.
 
RESULTADO DO PROJETO:  Produção de mostra fotográfica.  Alcance social: Transformou não só o olhar dos jovens para com a cidade, mas também os olhares para com a minha atividade docente, se desviaram para além das fotografias também ficaram os conhecimentos adquiridos sobre educação patrimonial.  E para além dos conhecimentos, fica a esperança de novas oportunidades. Oportunidades que ultrapassam qualquer expectativa que esses jovens já tiveram na vida.  Pensamos o possível e planejamos o futuro.
 REFERÊNCIAS  
 CARNEIRO, N. de P. Da memória à história. Disponível em http://www.webartigos.com/articles/5296/1/da-memoria-ahistoria/ pagina1.html. Acesso em 09/abril/2008. 
CASCO, A. C. A. Sociedade e educação patrimonial. Revista Eletrônica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Educação Patrimonial: nº3. Jan/fev. 2006.(www.iphan.gov.br). Disponível em http://www.revista.iphan.gov.br/materia.php?id=131
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13 ed. São Paulo: Ática. 2005, p. 138. 
 COSTA, A. C. G. da. Educação Artística, Trabalho e Vida. Modus Faciendi, 1998. 
FERNANDES, J. R. O. Educação Patrimonial e Cidadania: uma proposta alternativa para o Ensino de História. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 13, n. 25/26, p. 265-276, set./ago. 1992/1993. 
GUIMARÃES, E.; MIRANDA, M. P. de S. A Educação patrimonial como instrumento de preservação. Revista por dentro da história, Ano 1, número 2, agosto 2009. Contagem-Minas Gerais. Disponível em  http://novo.contagem.mg.gov.br/arquivos/publicacoes/pordentrodahistoria 02/pdf.

competências básicas

SOBRE O ATO DE ESCREVER


SOBRE O ATO DE ESCREVER
Madalena Freire, texto adaptado: “Observação, registro, reflexão. Instrumentos Metodológicos I. Ed Espaço Pedagógico págs. 38 a 50.”


Um trabalho sobre a importância do registro na educação..

SOBRE O ATO DE ESCREVER

(...) Escrever é muito difícil. Compromete mais que falar. Escrever deixa marca, registra pensamento, sonho, desejo de morte e vida. Escrever dá muito trabalho porque organiza e articula o pensamento na busca de conhecer o outro, a si, o mundo. Envolve, exige exercício disciplinado de persistência, resistência, na busca do seu texto verdadeiro, aquele que “o homem escreve com o seu próprio sangue”.

REFLEXÃO E FORMAÇÃO DO EDUCADOR


O ato de refletir é libertador porque instrumentaliza o educador no que ele tem de mais vital: o seu pensar. Educador algum é sujeito de sua prática se não tem apropriado a sua reflexão, o seu pensamento. Não existe ação reflexiva que não leve sempre a constatações, descobertas, reparos, aprofundamento. (...) Na concepção democrática de educação, onde o ato de refletir (apropriação do pensamento) é expressão original de cada sujeito, está implícito que não existe um modelo de reflexão. Cada educador tem sua marca, o seu modo de registrar seu pensamento. O importante é que cada um assuma este seu jeito.


Num primeiro momento a reflexão passa por um período de desintoxicação da visão autoritária que cada um viveu em relação à linguagem escrita. A constatação é :“escrevo sem pensar” , “não consigo escrever e refletir”. É como se pensamento e linguagem escrita caminhassem dissociados. Conquista-se nesse momento, um redimensionamento da linguagem oral e escrita. Esse movimento pode variar de intensidade e duração. Num segundo momento, o importante é que a reflexão seja um instrumento dinamizador entre prática e teoria. O crucial é fazer com que a reflexão nos conduza à ação transformadora, que nos comprometa com nossos desejos, nossas opções, nossa história.

IMPORTÂNCIA E FUNÇÃO DO REGISTRO ESCRITO


Mediados pelo registro deixamos nossa marca no mundo. Há muitos tipos de registros, em linguagens verbais e não verbais. Todos, quando socializados, historificam a existência social do indivíduo. Ainda mediados por nossos registros, tecemos o processo de apropriação de nossa história, a nível individual e coletivo.

A criança tem seu espaço de registro, reflexão, concretização de seu pensamento, no desenho, no jogo e na construção de sua escrita. Esta tarefa formaliza, dá forma, comunica o que pensa, para refletir, rever, revisar, aprofundar, construir o que ainda não conhece: o que necessita aprender.
A escrita materializa, dá concretude ao pensamento, dando condições assim de voltar ao passado, enquanto se está construindo a marca do presente. Mediados por nossos registros armazenamos informações da realidade, do objeto em estudo, para poder pensá-lo e apreendê-lo, construindo o conhecimento antes ignorado.


O registro escrito obriga o exercício de ações – operações mentais de classificação, ordenação, análise, obriga a objetivar e sintetizar, trabalhar a construção da estrutura do texto, a construção do pensamento. Somente nesse exercício disciplinado, cotidiano, solitário (mas povoado de interlocutores) do escrever, pode-se evitar, lutar contra a “vagabundagem do pensamento”. A escrita disciplina o pensamento para a construção do conhecimento e do processo de autoria. Uma coisa é ser escrito-reprodutor e reapresenta dor da linguagem escrita. Outra é, no exercício disciplinado do escrever, tornar-se escritor-sujeito-produtor de linguagem escrita.
A reflexão, o registro do pensamento envolve a todos: crianças, professores, educadores.... Cada um no seu espaço diferenciado, pensa, escreve a prática e faz teoria, onde o registro da reflexão, concretização do pensamento, é seu principal instrumento na construção da mudança e apropriação de sua história.


 

 

O Valor da Marteladinha




(Mário Sérgio Cortella
Conta-se que em uma imensa fábrica nos EUA, funcionando o tempo todo por 24 horas ininterruptas, plena de mecanismos sofisticados, máquinas avançadas e equipamentos hidráulicos de última geração, ocorreu uma pane desconhecida. De pronto, sem qualquer aviso, todo o sistema ficou paralisado. Ora, cada minuto era precioso, tendo em vista a perda acelerada de dólares que a parada causava. A engenharia de manutenção e o suporte técnico foram imediatamente chamados, os especialistas examinaram todas a estruturas possíveis, os relatórios informatizados e as planilhas de operação foram vasculhados e nada. O defeito não era localizado.

Passa-se um dia, dois e, no terceiro, com a direção já desesperada, prefere-se convocar dois técnicos do Japão, que, um dia após a chegada e a inspeção, já haviam desistido. No sexto dia, tarde da noite, reúne-se a desanimada diretoria, à beira do colapso criativo e próxima de buscar soluções esotéricas para sanar o imenso prejuízo acumulado. Num determinado momento, um dos diretores diz: "Lembrei-me de uma coisa! Há um velho encanador que trabalha há mais de 50 anos nesta cidade. Quem sabe, como recurso extremo, ele nos ajude". Sem alternativa, chamam o antigo profissional que, com sua maleta de ferro já desgastada, caminha silencioso por toda a fábrica e, de repente, perto da área central, pára, abaixa-se, coloca o ouvido no piso e dá um leve sorriso. Tira, então, da maleta, um martelo de borracha e, com ele, dá uma pancada no chão. Tudo volta a funcionar. Júbilo, alegrias, vivas.

O gerente financeiro, depois de abraçar efusivamente o encanador, pergunta pelo custo do serviço. Ele responde que são mil dólares. O gerente, atordoado, retruca: "Mil dólares por uma marteladinha? Não dá, não vão aceitar. Faça, por favor, uma nota fiscal detalhando todo o seu trabalho aqui". O velhinho não se incomoda: preenche o documento e entrega ao gerente, que lê a discriminação:

“a) dar a marteladinha, 1 dólar;

 b) saber onde dar a marteladinha, 999 dólares".

 

3 de abr. de 2012

PRÉ HISTÓRIA BRASILEIRA


PRÉ HISTÓRIA BRASILEIRA

Pintura rupestre encontrada na Serra da Capivara - Brasil
E a Pré-história no Brasil, aconteceu? Como podemos pesquisar?
Todos nós aprendemos que a história do Brasil começa com a chegada das caravelas de Pedro Álvares Cabral a Porto Seguro no dia 22 de Abril de 1500. Porém, aqui já existiam habitantes, e em grande quantidade espalhadas por várias regiões.
Podemos afirmar através de conhecimentos e descobertas que conheçemos a pré-história no Brasil, essa afirmação se deve as novas descobertas feitas nas últimas décadas em nosso território.
Os primeiros habitantes do Brasil não deixaram nada escrito. Mas deixaram muitos vestígios arqueológicos como cavernas com pinturas rupestres, fósseis de bichos pré-históricos, objetos como ponta de flechas, machados, sepulturas, etc. As marcas da pré-história brasileira estão presentes em todos os cantos do país. E o nome do conjunto desses vestígios encontrados em determinada região recebe o nome de sítio arqueológico e o mais conhecido em nosso país é o da Serra da Capivara no estado do Piauí.
Pintura rupestre no BrasilPintura rupestre na Serra da Capivara
Importantes descobertas feitas em São Raimundo Nonato, estado do Piauí, estão ajudando os estudiosos a reconstituir a história dos primeiros habitantes do Brasil. Eles também deixaram suas marcas nas cavernas em que viviam, fazendo desenhos e pinturas. Além das pinturas foram encontrados também utensílios de pedra, ossos e restos de fogueiras.
Breve comentário a respeito das pesquisas na Serra da Capivara em São Raimundo Nonato – Piauí:
O Parque nacional da Serra da Capivara foi criado em 1975 e tombado em 1991 pela Unesco, dos 400 sítios arqueológicos do parque, pelo menos dez já foram encontrados vestígios de presença humana que podem alcançar mais de 40.000 anos.
Mas os vestígios mais antigos da presença humana na América foram encontrados em 1969 em São Raimundo Nonato, precisamente na toca do Boqueirão da Pedra Furada. São restos de fogueiras e instrumentos de pedra lascada, vários esqueletos humanos, uma enorme quantidade de ossos de animais hoje extintos como tigres de dentes de sabre, mastodontes, etc. e pinturas rupestres.

Pedra Furada - São Raimundo Nonato
A partir dessas descobertas, várias expedições foram feitas à área coordenada pela arqueóloga Neide Guidom. Em 300 sítios arqueológicos já conseguiram identificar um total de cerca de 9000 figuras em 200 abrigos.
As pinturas encontradas nas conversas de São Raimundo Nonato provocaram muitas discurções entre os arqueólogos, mas as pesquisas continuam e novos achados, novas pistas contribuirão para nos aproximar mais da verdade sobre o início da ocupação das Américas pelos seres humanos.
O Piauí abriga diversos sítios arqueológicos importantes, dentre os quais se destaca o Parque Nacional da Serra da Capivara, onde estão os achados arqueológicos do homem mais antigo das Américas. Foram localizadas na região urnas funerárias, fósseis humanos, de mastodontes, lhamas, tigres dentes-de-sabre e preguiças-tatus gigantes. Suas pinturas rupestres, que representam rituais sexuais e de caça dos animais de então, foram declaradas patrimônio da humanidade pela Unesco. Além da importância histórica e cultural, a Serra da Capivara, localizada a 534 km de Teresina, no sudeste do Piauí, possui paisagens belíssimas.
Pterossauro encontrado no Brasil
Fóssil de um Pterossauro encontrado no Brasil
Introdução à pré-história
Nos tempos primitivos não havia documentos escritos sobre a vida nem sobre o homem.
Esse período é chamado de pré-história e o que se conhece a seu respeito baseia-se nos objetos que restam dessa época.
A Pré-história divide-se em Idade da Pedra, do Bronze e do Ferro. A Idade da Pedra foi dividida em dois períodos: Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada e Neolítico ou Idade da Pedra Polida.

REFERÊNCIA:

www.brasilescola.com/historiag/prehistoria-brasileira.htm

HISTÓRIA PRIMITIVA

Idade da Terra


O planeta Terra existe há aproximadamente 4,6 bilhões de anos. Mas na maior parte desse longuíssimo tempo não havia sinal de vida sobre a Terra. As primeiras formas de vida que surgiram através de milhões de anos foram se tornando mais completas e evoluídas, até chegar aos grandes animais e ao aparecimento dos grandes hominídeos, há cerca de 2 milhões de anos.
A vida na Terra
Era
Era primitiva
Era primária
Era secundária
Era terciária
Era quartenária
Duração
Mais de um bilhão de anos
300 milhões de anos
150 milhões de anos
50 milhões de anos
Um milhão de anos
Características

Intenso vulcanismo;
Formação dos oceanos, lagos e rios;
Cadeias de montanha;
Primeiras formas de vida (algas e bactérias).

Aparecimento de florestas pantanosas e grande quantidade de plantas pelos continentes;
Surgimento de insetos, peixes, répteis e anfíbios;
Fósseis de animais.

Plantas floridas e frutíferas;
Plantas coníferas;
As primeiras aves;
Primeiros mamíferos;
Répteis gigantes (os dinossauros).

Formação de cadeias de montanhas rochosas;
Desenvolvimento dos primatas;
Desenvolvimento dos símios (macacos);
Aparecem os hominídeos (Australopithecus)

Aparecimento do Homo sapiens;
Período em que vivemos.

Origem da espécie humana
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Charles Darwin chamou a atenção dos cientistas de seu tempo, ao afirmar que as espécies evoluíram e que o homem descende dos primatas.

Chamamos de hominídeos todas as espécies de primatas em que inclui o homem moderno. Os cientistas acham que foi aproximadamente há um milhão e meio de anos que algumas espécies de hominídeos começaram a se distinguir dos outros animais por sua capacidade de fabricar armas rudimentares de pau e pedra (para se defenderem e para caçar) e descobriram que certas coisas da natureza podiam ser utilizadas como utensílios.
O mais antigo hominídeo, com sinais de inteligência, foi descoberto no sul da África, numa gruta onde se encontravam ossadas fósseis, de vários hominídeos da mesma espécie, dando a entender que já viviam em grupo. Juntamente foram tiradas pedras que tinham sido trazidas de rios bem distantes, já com intenção de aproveitá-las como utensílios.

Evolução Humana
O ser humano evoluiu a partir dos primatas. A pré-história dos nossos ancestrais encontra-se ainda muito obscura, por falta de documentos e vestígios, mas as pesquisas e estudos continuam, trazendo sempre novas descobertas e luzes sobre o nosso passado. Foram encontrados e estudados vários fósseis que permitiram conhecer diversos estágios pelos quais passou o ser humano em sua trajetória.
Geralmente, aceita-se que foi na África que tiveram origem os primeiros hominídeos, os primeiros seres com sinais de inteligência.

Australopithecus africanus
Em 1924, Raymond Dart descobriu, na África do Sul, um fóssil primata que ficou conhecido como Australopithecus (que significa "macaco do sul"). As análises provaram que não se tratava de ossada de macaco, mas sim de um hominídeo. Estudos posteriores concluíram que se tratava de um ancestral humano com as seguintes características: bípede de postura semi-ereta, altura entre 1 m e 1,5 m, mãos livres que lhes permitia usar objetos (pedras, madeira) para melhor defender-se e sobreviver. A posição semi-ereta e a liberdade das mãos, mais o uso de sua iniciante capacidade intelectual, davam ao Australopithecus vantagens sobre os animais mais fortes e sobre o meio-ambiente.
Pithecanthropus erectus
O Australopithecus ocupou as terras de parte da África e ganhou as regiões temperadas da Ásia e Europa, evoluindo para Pithecanthropus erectus na ilha de Java.[carece de fontes?] Em 1891, foi encontrado um fóssil desse Homo erectus na ilha de Java. Depois encontraram-se outros fósseis desse mesmo estágio de evolução na Alemanha e na China (em Pequim).
Pelos estudos se chegou à conclusão de que tinham as seguintes características: eram bípedes, de posição ereta, dentição já próxima do homem atual, crânio mais desenvolvido, mandíbula maior que a do Australopithecus, eram robustos e mediam de 1,40 m a 1,70 m. Viviam em cavernas, já faziam utensílios e armas de madeira e de pedra com duas faces cortantes.
Homem de Neandertal
Em 1856, foi encontrado no vale de Neander (Alemanha), um fóssil com características mais evoluídas que o Pithecanthropus erectus. Recebeu o nome de Homem de Neandertal (que significa "novo homem do vale"). Com as mesmas características foram encontrados fósseis na Bélgica, no norte da África e na Ásia Menor. Suas características principais eram: bípede ereto, altura de 1,60 m, cérebro parecido com o do homem moderno, robusto, pernas curtas e o queixo quase igual ao do homem atual.
Os homens de Neandertal moravam em cavernas, já construíam muros de pedra como defesa e quebra-vento, usavam armas e utensílios mais trabalhados, furavam lascas de pedra para fazer machados e enterravam seus mortos, demonstrando já um começo de sentimento religioso. Já tinham conhecimento do uso do fogo. Viviam em regiões de climas bem diferentes e sofreram o efeito das primeiras glaciações da Terra e bruscas mudanças de temperatura.
Homem de Cro-Magnon
Em 1868, foram descobertos esqueletos na França, em Cro-Magnon (que significa "grande buraco"). Foram encontrados também fósseis do mesmo estágio de civilização numa gruta em Grimaldi (Itália), na República Tcheca e em muitos outros lugares. Trata-se do nosso ancestral mais direto que apareceu por volta de 40.000 anos atrás. Suas características principais eram: robusto, estatura elevada (1,80 m) e traços físicos do homem atual. Pelos utensílios e sinais da civilização que deixou já demonstrava uma inteligência mais evoluída. Por isso foi também chamado de Homo sapiens ("homem sábio"). Fabricou mais de uma centena de objetos diferentes com as mais variadas utilidades, inclusive ornamentais.
Polia pedra, esculpia madeira e osso; suas armas traziam esculturas de animais; fazia arpões, anzóis, lanças e agulhas de osso para costurar suas roupas de pele. Tinha sepulturas coletivas. Foi grande pescador e caçador.
Daí por diante, os seres humanos foram se aperfeiçoando, melhorando suas técnicas de domínio sobre a natureza, desenvolvendo sua cultura e se organizando em sociedades, as quais foram as civilizações antigas.
Cronologia
  • 300.000 – primeira (questionada) evidência de uma cerimônia de enterro de mortos. Num sítio arqueológico como o de Atapuerca na Espanha, foram encontrados ossos de 32 indivíduos no buraco de uma caverna.[1]
  • 130.000 – Evidência de uma cerimônia de enterro. Neanderthals enterravam os mortos em sítios como os de Krapina na Croácia.[1]
  • 100.000 – O mais antigo ritual de enterro de seres humanos modernos é considerado como originário de Qafzeh em Israel. Há duas cerimônias do que se supõe serem uma mãe e uma criança. Os ossos foram manchados com ocre vermelho.[2][3]
  • 100.000 a 50.000 – Aumento do uso do ocre vermelho em vários sítios arqueológicos da Idade da Pedra. O ocre vermelho é considerado de grande importância nos rituais.
  • 70.000 – traços de culto a cobras descobertos em Ngamiland, região da Botswana.[4]
  • 50.000 – Humanos evoluem em gestos associados com o comportamento do homem moderno. Muito desta evidência tem origem na Idade da Pedra Tardia em sítios africanos. Este comportamento denominado de moderno abrange habilidades com a língua, o pensamento abstrato, simbolismo e religião.[3]
  • 42.000 – cerimônia de rituais de humanos no Lago Mungo (Austrália). O corpo aparece respingado por grande quantidade de ocre vermelho. Isso é considerado como uma evidência de que o povo australiano importou os rituais que eram praticados na África.
  • 40.000 – início do Paleolítico Superior na Europa. Há uma abundância de fósseis incluindo cerimônias elaboradas de enterro de mortos; registro arqueológicos das chamadas vênus paleolíticas e arte rupestre. As estatuetas de Vênus são consideradas deusas da fertilidade. As pinturas de caverna em Chauvet e Lascaux são consideradas representativas da manifestação de um pensamento religioso.
  • 30.000 – O mais recente registro da cerimônia de enterro de um shaman (pajé ou sacerdote).[5]
  • 11.000 – início da Revolução Neolítica.
Períodos pré-históricos
Dentro da divisão da história elaborada pelos europeus, a origem da humanidade e as primeiras formas de organização dos grupos humanos constituem o período mais longo de nosso passado. Convencionou-se dividir esse período em três grandes momentos: Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais.
Paleolítico
Dentro deste período, vulgarmente conhecido como Idade da Pedra Lascada, existem três divisões possíveis, sendo que, mesmo dentro de uma das divisões adaptadas, existe uma certa tolerância quanto aos limites temporais:
Paleolítico Inferior (de 2 500 000 - 2 000 000 até 300 - 100 000 anos atrás) [1]
Paleolítico Médio (300 - 200 000 até 40 - 30 000 anos atrás) [2]
Paleolítico Superior (40 - 30 000 até 10 - 8000 anos atrás) [3]

ou ainda uma outra divisão em dois sub-períodos que tem por base o aparecimento do Homo sapiens
Paleolítico Inicial ou "Antigo" - onde se incluem o Paleolítico Inferior e o Médio da divisão anterior.
Paleolítico Recente - que corresponde ao Paleolítico Superior da divisão anterior.
Significa
A palavra "paleolítico" vem do grego e significa antiga pedra.
Duração
É o período da história humana compreendido entre 500.000 a 18.000 anos antes de Cristo
Características
Nesta época, o ser humano habitava cavernas, muitas vezes tendo que disputar este tipo de habitação com animais selvagens. Quando acabavam os alimentos da região em que habitavam, as famílias tinham que migrar para uma outra região. Desta forma, o ser humano tinha uma vida nômade (sem habitação fixa). Vivia da caça de animais de pequeno, médio e grande porte, da pesca e da coleta de frutos e raízes. Usavam instrumentos e ferramentas feitos a partir de pedaços de ossos e pedras.
Nesta fase, os seres humanos se comunicavam com uma linguagem pouco desenvolvida, baseada em pouca quantidade de sons, sem a elaboração de palavras. Uma das formas de comunicação eram as pinturas rupestres. Esta arte, que consistia em representações pictóricas gravadas nas paredes e tetos rochosos das cavernas habitadas ou também em superfícies rochosas ao ar livre, permitia a troca de idéias e a manifestação de sentimentos.
Mesolítico
De 20 a 10 mil anos, também é vulgarmente conhecido como Idade da Pedra Intermediária.
Neste período intermediário, o homem conseguiu dar grandes passos rumo ao desenvolvimento e à sobrevivência de forma mais segura. O domínio do fogo foi o maior exemplo disto. Com o fogo, o ser humano pôde espantar os animais, cozinhar a carne e outros alimentos, iluminar sua habitação além de conseguir calor nos momentos de frio intenso. Outros dois grandes avanços foram o desenvolvimento da agricultura e a domesticação dos animais. Cultivando a terra e criando animais, o homem conseguiu diminuir sua dependência com relação a natureza. Com esses avanços, foi possível a sedentarização, pois a habitação fixa tornou-se uma necessidade.
Neste período ocorreu também a divisão do trabalho por sexo dentro das comunidades. Enquanto o homem ficou responsável pela proteção e sustento das famílias, a mulher ficou encarregada de criar os filhos e cuidar da habitação.
Neolítico
Utensílios agrícolas típicos do Neolítico e seus possíveis empenhos através de antigas representações egípcias.
De de 10 a 6 mil anos, vulgarmente conhecido como Idade da Pedra Polida.
Significado
Neolítico vem do grego e significa "nova pedra".
Duração
É o período da história do homem compreendido entre 18 mil e 5000 anos antes de Cristo
Características
Idade dos Metais
Abrange os dois últimos milênios que antecedem o aparecimento da escrita, por volta de 3500 a.C.
Duração
É o período da Pré-História do homem compreendido entre 5000 a 4000 anos antes de Cristo.
Características
Evolução
Idade
Período
Ferramentas
Economia
Habitação
Sociedade
Religião
Ferramentas feitas a mão e objetos encontrados na Natureza – porrete, pedra lascada,machadinha, raspador, lança, arpão, agulhas, furadores
Vida móvel – cavernas, mucambos, muitas vezes perto de rios e lagos
Bando de coletores e caçadores (25–100 pessoas)
A crença em vida após a morte aparece primeiramente no fim do Paleolítico, caracterizada pela aparição de rituais de enterro de mortos e culto aos ancestrais. As funções de sacerdote e serventes de santuário aparecem na pré-história.
Ferramentas feitos a mão e e objetos encontrados na Natureza – arco e flecha, cesta de peixe, barco
Tribos e bandos nômades
Ferramentas feitas a mão e e objetos encontrados na Natureza – cinzel, enxada, jugo, arada, foice, tear, objetos de barro (olaria) e armas
Tribos e aparição de grupos com líderes em algumas sociedades neolíticas no fim do período.
Ferramentas de cobre e bronze, roda de oleiro
Ferramentas de Ferro
Formação de cidades
Formação de estados. Formação de estados começa durante o início da idade do bronze no Egito e na Mesopotâmia e durante o fim da idade do bronze, os primeiros impérios são fundados.




Religião

Apesar de convencionar-se a consolidação da religião no período Neolítico, a arqueologia registra que no Paleolítico houve uma religião primitiva baseada no culto à mulher e à idealização da Deusa mãe,[6][7][8][9] ao feminino e a associação desta ao poder de dar a vida.[10] Foram descobertas, no abrigo de rochas Cro-Magnon em Les Eyzies, conchas cauris, descritas como "o portal por onde uma criança vem ao mundo" e cobertas por um pigmento de cor ocre vermelho, que simbolizava o sangue, e que estavam intimamente ligados ao ritual de adoração às estatuetas femininas; escavações apresentaram que estas estatuetas, as chamadas vênus neolíticas eram encontradas muitas vezes numa posição central, em oposição aos símbolos masculinos localizados em posições periféricas ou ladeando as estatuetas femininas.[11]

Arte

Embora esse período seja chamado de Pré-Historia, não é correto chamá-lo assim, porque não existe anterioridade à História e sim à escrita. No entanto existia uma forma de comunicação chamada de pintura rupestre ou gravura rupestre, que podem ser considerados como a "escrita" pré-histórica.
Os desenhos ensinam muito sobre os humanos primitivos, como, por exemplo, que eram animistas, ou seja, acreditavam que os elementos da natureza, como a água, o sol, o fogo, a terra, e outros, tinham alma e eram deusas ou eram governados por deusas. Muitas dessas figuras mostram cenas de caça ou de adoração às deusas. A arte rupestre nas paredes também poderia demonstrar às deusas os animais a serem caçados.
No Paleolítico Superior (40.000 a 10.000) registra-se a arte rupestre (tais como as famosas pinturas de Chauvet, Altamira, Pech Merle, e Lascaux), a Vênus de Willendorf e arte ao ar livre como a monumental no Vale Côa e Mazouco (Portugal), Domingo García e Siega Verde, ambas na Espanha e Fornols-Haut (França).

A transição para a civilização
As transições são lentas e graduais. Assim aconteceu do Paleolítico para o Neolítico, e deste para a Idade dos Metais. A partir do XX milênio a.C., nos vales do Tigre, do Rio Eufrates e do Nilo, aconteceu a passagem para a civilização; ou, como dizia Gordon Childe, a Revolução Neolítica. Tudo estava mudando. Para garantir seu território, os homens pré-históricos que estabeleceram as primeiras aldeias esforçaram-se muito e evoluíram no campo das descobertas

REFERÊNCIAS:


  • CANTELE, Bruna Renata. História dinâmica antiga e medieval: 7ª série. São Paulo: IBEP, 1989?. 15-22 p. 4 vol. vol. 3.





  • MÜLLER-KARPE, Hermann, Grundzüge früher Menschheitsgeschichte I – Von den Anfängen bis zum 3. Jahrtausend v. Chr., Theiss, Stuttgart, 1998, ISBN 3-8062-1309-7.




  • TORBRÜGGE, Walter, Enzyklopädie der Weltkunst – Das Entstehen Europas, Holle Verlag, Baden-Baden, 1977, ISBN 397-355-18-02.
































  • Ver artigo principal: Religião pré-histórica




    Apesar de convencionar-se a consolidação da religião no período Neolítico, a arqueologia registra que no Paleolítico houve uma religião primitiva baseada no culto à mulher e à idealização da Deusa mãe,[6][7][8][9] ao feminino e a associação desta ao poder de dar a vida.[10] Foram descobertas, no abrigo de rochas Cro-Magnon em Les Eyzies, conchas cauris, descritas como "o portal por onde uma criança vem ao mundo" e cobertas por um pigmento de cor ocre vermelho, que simbolizava o sangue, e que estavam intimamente ligados ao ritual de adoração às estatuetas femininas; escavações apresentaram que estas estatuetas, as chamadas vênus neolíticas eram encontradas muitas vezes numa posição central, em oposição aos símbolos masculinos localizados em posições periféricas ou ladeando as estatuetas femininas.[11]

    Arte

    Ver artigo principal: Arte da Pré-História

    Embora esse período seja chamado de Pré-Historia, não é correto chamá-lo assim, porque não existe anterioridade à História e sim à escrita. No entanto existia uma forma de comunicação chamada de pintura rupestre ou gravura rupestre, que podem ser considerados como a "escrita" pré-histórica.

    Os desenhos ensinam muito sobre os humanos primitivos, como, por exemplo, que eram animistas, ou seja, acreditavam que os elementos da natureza, como a água, o sol, o fogo, a terra, e outros, tinham alma e eram deusas ou eram governados por deusas. Muitas dessas figuras mostram cenas de caça ou de adoração às deusas. A arte rupestre nas paredes também poderia demonstrar às deusas os animais a serem caçados.

    No Paleolítico Superior (40.000 a 10.000) registra-se a arte rupestre (tais como as famosas pinturas de Chauvet, Altamira, Pech Merle, e Lascaux), a Vênus de Willendorf e arte ao ar livre como a monumental no Vale Côa e Mazouco (Portugal), Domingo García e Siega Verde, ambas na Espanha e Fornols-Haut (França).

    A transição para a civilização

    As transições são lentas e graduais. Assim aconteceu do Paleolítico para o Neolítico, e deste para a Idade dos Metais. A partir do XX milênio a.C., nos vales do Tigre, do Rio Eufrates e do Nilo, aconteceu a passagem para a civilização; ou, como dizia Gordon Childe, a Revolução Neolítica. Tudo estava mudando. Para garantir seu território, os homens pré-históricos que estabeleceram as primeiras aldeias esforçaram-se muito e evoluíram no campo das descobertas.