PROJETO: CONHECENDO A CIDADE, DESCOBRINDO O OLHAR.
OBJETIVO
Proposta interdisciplinar de ensino que almeja possibilitar aos jovens, leituras de mundo e a “compreensão do universo sociocultural e da trajetória histórico-temporal em que está inserido''
PROCEDIMENTOS:
Todos devem estar munidos de uma câmera fotográfica;
Seguir roteiro temático pré-estabelecido ( centro histórico, igrejas, becos ladeiras, mercados..., sob a coordenação de professores de História, Geografia, Arte, Linguagem...
Fotografar tudo que achar interessante, indistintamente;
Obs.: Não houve qualquer orientação técnica para fotografar;
PROPOSTA: Educação patrimonial
O CARÁTER DO PROJETO: é fruto doo resultado de uma necessidade das políticas públicas para o jovem ter amplitude no seu alcance social,
PROVOCAÇÃO Previamente feita em sala de aula pelos professores aos jovens, que era: “Existe uma cidade escondida pela Feira de Santana que eu conheço e caminho no meu dia-a-dia?”
No início, a reação dos alunos foi de surpresa e de incompreensão, perguntando: “Professor, professora como assim, cidade escondida? Existe uma cidade secreta?” E foi como se todas as respostas às indagações e incompreensões se dissipassem devido ao deslumbramento do contato com a cidade e com a memória fixada em ruas, prédios e monumentos do centro histórico. De todos os lugares por onde passávamos.
METODOLOGIA:
Uma metodologia de ensino foi desbravada com a curiosidade própria do pesquisador que pretende aplicar o que a teoria vem discutindo sobre tantos conceitos relacionados à educação, memória, património, história e imagem, história e visualidade, antropologia visual, entre tantas outras dimensões conceituais, ainda a serem exploradas.
A turma foi dividida em grupos e cada grupo tinha uma câmera fotográfica. Foi dada ampla liberdade. Em nenhum momento tiveram alguma instrução de estética fotográfica, ou alguma explanação sobre a arte da fotografia; a única restrição foi solicitar que não fizessem fotos como turistas, ou seja, que eles não aparecessem na foto. No momento da produção fotográfica. Em cada ponto, tinha-se uma aula de História, Geografia, Arte que, de alguma forma, em loco, tornaram-se muito mais interessantes. Eu, como professor de História.
A UTILIZAÇÃO DA LINGUAGEM FOTOGRÁFICA
Se constituiu em um recurso pedagógico privilegiado para o desenvolvimento do raciocínio concreto, da observação, reflexão e capacidade estética e criativa dos jovens. A prática da observação e percepção foi realizada através das visitas orientadas a pontos históricos de Salvador e entorno, nos quais os jovens produziram fotos com câmeras amadoras de 35mm, registrando conteúdo, estética, criatividade e documentando o tangível e intangível presentes na sociedade baiana.
O OBJETO DE CONHECIMENTO
Foi estendido para além do patrimônio cultural material ou imaterial, dos conteúdos históricos, artísticos, culturais, técnicos, ao integrar diversas dimensões das experiências humanas, sejam cognitivas, sociais, estéticas, afetivas, vinculando-as ao propósito de mobilizar os jovens para conquistar a sociedade na condição de cidadãos com rostos, ideias, desejos, incluídos para protagonizar as cenas que se que se sucedem na vida social e individual daqueles que vislumbram uma sociedade justa, equânime, solidária, tomando o eixo “património” na largueza do seu conceito.
CONSIDERAÇÔES FINAIS
Acreditamos que, nesta experiência em particular, pudemos colocar na prática conceitos analisados e discutidos pelos teóricos das áreas da educação, história, antropologia, sociologia, das artes visuais, do património, e ao mesmo tempo proporcionar novas revelações que poderão inspirar e sensibilizar educadores para a implementação de experiências pedagógicas renovadas, críticas, comprometidas com o salto de qualidade que ainda precisamos perseguir na educação brasileira.
RESULTADO DO PROJETO:
Produção de mostra fotográfica.
Alcance social: Transformou não só o olhar dos jovens para com a cidade, mas também os olhares para com a minha atividade docente, se desviaram para além das fotografias também ficaram os conhecimentos adquiridos sobre educação patrimonial.
E para além dos conhecimentos, fica a esperança de novas oportunidades. Oportunidades que ultrapassam qualquer expectativa que esses jovens já tiveram na vida.
Pensamos o possível e planejamos o futuro.
REFERÊNCIAS
CARNEIRO, N. de P. Da memória à história. Disponível em http://www.webartigos.com/articles/5296/1/da-memoria-ahistoria/ pagina1.html. Acesso em 09/abril/2008.
CASCO, A. C. A. Sociedade e educação patrimonial. Revista Eletrônica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Educação Patrimonial: nº3. Jan/fev. 2006.(www.iphan.gov.br). Disponível em http://www.revista.iphan.gov.br/materia.php?id=131
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13 ed. São Paulo: Ática. 2005, p. 138.
COSTA, A. C. G. da. Educação Artística, Trabalho e Vida. Modus Faciendi, 1998.
FERNANDES, J. R. O. Educação Patrimonial e Cidadania: uma proposta alternativa para o Ensino de História. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 13, n. 25/26, p. 265-276, set./ago. 1992/1993.
GUIMARÃES, E.; MIRANDA, M. P. de S. A Educação patrimonial como instrumento de preservação. Revista por dentro da história, Ano 1, número 2, agosto 2009. Contagem-Minas Gerais. Disponível em
http://novo.contagem.mg.gov.br/arquivos/publicacoes/pordentrodahistoria 02/pdf.
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